10 mil euros para investigação sobre doença renal crónica

16 de Novembro, 2021 0 Por A Voz de Esmoriz

A Associação Nacional de Centros de Diálise (ANADIAL) e a Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN) estão a promover a segunda edição do maior prémio de investigação, em Portugal, na área da nefrologia.

O Prémio “ANADIAL-SPN” é atribuído anualmente e tem como objetivo incentivar a realização de estudos clínicos e avaliações epidemiológicas na área da doença renal crónica. Na edição 2021, o tema do prémio é “Uma Perspetiva Integrada do Tratamento da Doença Renal no Sistema de Saúde Português – Interação e complementaridade entre os diferentes intervenientes e modalidades de tratamento”.

“Pretendemos, com este Prémio, encorajar a realização de trabalhos científicos que contribuam para o estudo e diminuição da grande prevalência de portugueses com doença renal crónica, sobretudo nos estádios mais avançados. Por outro lado, queremos ajudar a colmatar a ausência de investigações clínicas e estudos epidemiológicos nesta área”, explica Jaime Tavares, presidente da ANADIAL.

“Esta iniciativa acontece num momento de particular importância para todos aqueles que lidam com a doença renal crónica, uma doença em crescimento em Portugal. Esperamos que este Prémio, o maior na área da nefrologia, possa estimular a investigação científica e distinguir os investigadores portugueses que estão dedicados a encontrar resposta para os problemas que estamos a enfrentar”, defende Aníbal Ferreira, presidente da SPN.

A doença renal crónica é uma doença provocada pela deterioração lenta e irreversível da função renal. Como consequência da perda de função, existe retenção no sangue de substâncias que normalmente seriam excretadas pelo rim, resultando na acumulação de produtos metabólicos tóxicos no sangue (azotemia ou uremia). São várias as doenças que podem provocar lesões nos rins e provocar a insuficiência renal crónica, nomeadamente a hipertensão arterial, a diabetes mellitus, as glomerulonefrites crónicas e algumas doenças hereditárias. Nas fases mais avançadas os portadores desta doença necessitam de realizar regularmente um tratamento de substituição da função renal que poderá ser a hemodiálise, diálise peritoneal ou transplante renal.



Créditos de Imagem: Miligrama Comunicação