Actual confinamento agrava em mais 30% as quebras de faturação já registadas em Portugal
12 de Fevereiro, 2021Três semanas após o período pré-confinamento geral, os negócios portugueses obtiveram uma nova redução da sua faturação, que se junta ao impacto transacional já sentido nos confinamentos parciais anteriores.
Neste novo lockdown, a moda, as perfumarias e os cabeleireiros voltam a ser das categorias mais afetadas pelo encerramento dos seus pontos de venda, tendo registado uma quebra de 92%, 86% e 79%, respetivamente.
O REDUNIQ Insights, entidade que avaliou a actual realidade financeira, indica ainda uma quebra de 55% na faturação estrangeira e de 6% na faturação proveniente de cartões nacionais. No total, a faturação global do sistema de retalho português desceu 16% face a 2019, resultado para o qual contribuiu, significativamente, a quebra homóloga de 36,1% no segundo trimestre de 2020.
O novo confinamento geral volta a impactar o comportamento transacional dos negócios portugueses, que no final de janeiro registaram uma quebra de faturação de 30% face à semana anterior ao novo encerramento da economia (de 3 a 9 de janeiro), descida que representa um agravamento das quebras resultantes dos confinamentos parciais ocorridos em 2020 e início de 2021.
Apesar deste cenário, o REDUNIQ Insights – solução de conhecimento da REDUNIQ responsável por analisar a evolução transacional do sistema de retalho em Portugal – demonstra que o impacto na atividade económica está a ser menor agora que no primeiro confinamento, em que as perdas ascenderam 44% ao fim de três semanas do primeiro Estado de Emergência.
Outra diferença observada na comparação entre os dois confinamentos gerais verifica-se na performance conseguida pelas várias categorias do sistema retalhista, a começar pela saúde e pelas gasolineiras que obtiveram uma menor quebra de consumo três semanas após o novo lockdown, tendo estas reduzido em 7% e 27% a sua faturação, respetivamente, em comparação com o período das três primeiras semanas do confinamento iniciado em março, altura em que diminuíram o total faturado em 81% e 51%, respetivamente. Estes resultados justificam-se, em primeiro lugar, pelo não encerramento de algumas áreas do setor da saúde que foram obrigadas a fechar no primeiro confinamento, e, em segundo lugar, pela maior mobilidade dos portugueses neste novo confinamento, menos restritivo que o anterior.
A restauração e os cafés demonstraram também uma resposta mais estruturada face ao novo confinamento, nomeadamente através de soluções de delivery e take-away, que permitiram uma quebra de faturação menos acentuada (60%, dados de janeiro de 2021), face ao primeiro confinamento (83% de queda em março de 2020). Devemos ainda considerar que a estes 60% de queda acumulam negócios que fecharam já em 2020 sem ter reaberto, representando então uma redução ainda mais significativa. Em contrapartida, as categorias de moda (- 92%), perfumarias (- 86%) e cabeleireiros (- 79%) voltaram a ter quebras bastante elevadas, devido ao total encerramento dos seus pontos de venda físicos.
Nota de imprensa enviada pela REDUNIQ Insights e UNICRE, entidades que também avaliam o actual estado do sector financeiro.
Créditos da Imagem: Accountbook.pt