Argentina vence Copa América e acaba com jejum de 28 anos
11 de Julho, 2021Corria o dia 4 de Julho de 1993, quando a Argentina venceria a final da Copa América, ao derrotar por 2-1 o México. O exímio goleador Gabriel Batistuta havia bisado na partida, enquanto que para os mexicanos marcaria Galindo. A final decorreria no Estádio Monumental em Guayaquil, no Equador – país que tinha sido o organizador daquela edição. Nessa selecção alviceleste, pontificavam ainda outros craques: Diego Simeone, Fernando Redondo, Alberto Acosta, Oscar Ruggeri…
Desde então, passaram-se 28 anos sem grandes êxitos para os herdeiros do legado de Armando Maradona. Desde então, o troféu seria conquistado por outros países: Brasil (assumiu a hegemonia durante esse período), Uruguai, Colômbia e Chile festejariam perante o delírio dos seus adeptos.
Em 2016, seria mesmo notícia o desejo de Lionel Messi abandonar a selecção. O astro argentino perderia a sua terceira final da Copa América diante do Chile, além de ter perdido a final do Mundial de 2014 contra a Alemanha. Entretanto, a lenda do Barcelona voltaria a representar a formação das Pampas, acalentando novamente o sonho de conquistar o título que lhe faltava ao serviço da Argentina.
Apesar das críticas dirigidas à realização da edição da Copa América em 2021 (devido ao impacto da pandemia da COVID-19), a verdade é que a mesma decorreria no Brasil. A Argentina venceria o Grupo A com 10 pontos (os dois grupos da prova tinham, cada um, cinco equipas), batendo a concorrência de Uruguai, Paraguai e Chile. Nos quartos-de-final, derrotou o Equador por 3-0, e nas meias-finais, venceu a Colômbia nas grandes penalidades (1-1 no tempo regulamentar; 3-2 nos penaltis). Na final, a Argentina defrontaria o anfitrião Brasil.
Em jeito de brincadeira, na antevisão da final, Jair Bolsonaro, Presidente do Brasil, recordou que a rivalidade com a Argentina acontece apenas no futebol, e que a selecção canarinha iria vencer por 5-0, um prognóstico que, se fosse confirmado em campo, seria traumatizante para um adversário que já tinha desperdiçado tantas finais.
A partida teve lugar neste sábado no Estádio Maracanã, Rio de Janeiro. E o desfecho não seria aquele que Bolsonaro havia desejado. O jogo seria decidido por uma assistência de Rodrigo de Paul e uma má abordagem do lateral esquerdo brasileiro Lodi, cenário que permitiu que Di María ficasse na cara de Ederson Moraes, fazendo um chapéu e rubricando o 1-0 aos 22 minutos. Na segunda parte, a equipa de Neymar e companhia acentuou a pressão, procurando o empate, mas a formação argentina, orientada por Lionel Scaloni, soube preservar a vantagem mínima, conquistando pela 15ª vez a Copa América e acabando com um jejum de 28 anos. Messi venceria o seu primeiro grande título ao serviço da selecção Argentina – o astro argentino (neste momento, sem contrato assinado com algum clube; Barcelona e PSG lutam pelo jogador) foi o melhor marcador do torneio com 4 golos. Também Di María, Lautaro Martínez, Nicolas Otamendi, Leandro Paredes, entre outros, foram decisivos nesta caminhada.
Créditos da Imagem: Sapo Desporto