Auditório do Europarque demasiado pequeno para ouvir a receita da “mudança segura que Portugal precisa” (comunicado)

4 de Março, 2024 Não Por A Voz de Esmoriz

O grande auditório do Europarque, de Santa Maria da Feira, foi esta sexta-feira pequeno para acolher um número de pessoas que superou largamente os 1.600 lugares da sala, para receber o líder da Aliança Democrática, num comício que juntou o presidente do CDS-PP, Nuno Melo, o cabeça de lista da AD por Aveiro, Emídio Sousa, e o antigo primeiro ministro e presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso.

Luís Montenegro veio a Santa Maria da Feira anunciar “uma candidatura de esperança, de ambição e de mudança segura que Portugal precisa”. E deu a receita: “não contemplamos o passado nem estamos preocupados em castigar quem nos trouxe até aqui. O que nos move é dizermos como vamos resolver os problemas, e só criando riqueza poderemos consegui-lo, porque Portugal só é viável criando riqueza”.

“Não temos a obsessão por baixar os impostos. Mas entendemos que isso é necessário, para criarmos a riqueza que nos permita dar as respostas que a própria Constituição nos impõe, como melhor saúde ou melhor educação” – vincou o líder da AD, defendendo a estabilidade, “que um governo não pode garantir quando o próprio governo é instável”, e acusando o seu principal adversário de, tendo sido demitido, ser “o rosto da instabilidade”.

Já o cabeça de lista da AD por Aveiro, Emídio Sousa, deu a grandeza do distrito como exemplo a seguir no país, sendo, por isso, credor do investimento que não tem tido nos anos de governação socialista, mesmo que o atual candidato a primeiro ministro pelo PS, Pedro Nuno Santos, tenha sido secretário de estado, ministro e o principal mentor da geringonça.

“O distrito de Aveiro representa 12,2 por cento das exportações de Portugal, sendo o segundo maior do país nesse aspeto. Importamos 6,8 por cento, o que significa um saldo positivo de dois mil milhões na balança comercial” – enfatizou Emídio Sousa, exemplificando com o que disse terem sido os “zero quilómetros de ferrovia” num distrito que reclama há muito a requalificação da Linha do Vouga, ou a falta de qualquer iniciativa que promova a defesa da costa contra a erosão, quando há tantos “municípios do litoral que estão aflitos”.

Na sua intervenção, Emídio Sousa acusou Pedro Nuno Santos de não ter percebido que “a força do país está num governo que faça as pessoas crescerem, progredirem”, apontando o que disse serem as diferenças entre os dois candidatos a primeiro ministro, no que toca a desenvolvimento económico: “a diferença entre um candidato, Pedro Nuno Santos, que diz o que devemos fazer, e um candidato, Luís Montenegro, que nos vai apoiar no que sabemos fazer melhor”.

“A pujança do distrito de Aveiro deve-se às nossas empresas, aos nossos empresários, aos nossos trabalhadores. Pedro Nuno Santos já nos disse que apostaria no desenvolvimento económico, mas em setores estratégicos. O que quer dizer que um corticeiro que pretenda montar uma empresa, não poderá faze-lo, um sapateiro que queira montar uma fábrica, não terá hipótese” – lamentou Emídio Sousa, manifestando o desejo de replicar no distrito e no país o modelo de desenvolvimento económico de Santa Maria da Feira, município que liderou 10 anos.

A tónica da intervenção do cabeça de lista da AD foi, aliás, seguida pelo presidente do CDS-PP, Nuno Melo, ao sublinhar que “Aveiro é um distrito com espírito de desenvolvimento económico, de iniciativa, que sempre gostou de liberdade económica”, sendo também por isso, como sustentou, que “o extremismo nunca vingou, precisamente por causa de pessoas que nas dificuldades arregaçam as mangas e não dão lugar ao protesto”.


A direção de campanha da AD/ Aveiro