Valencia ofereceu a vitória ao Equador no jogo inaugural do Mundial

O Catar e o Equador disputaram o jogo inaugural do Mundial 2022 no Estádio Al Bayt em Al Khor. Cerca de 60 mil espectadores lotaram as bancadas e vibraram com a festa do futebol.

O Equador entrou mais pressionante nos primeiros dez minutos com cantos e livres indirectos para a área, mas a defesa catari varreu inicialmente os lances. Ao minuto 3, Enner Valencia ainda marcou, contudo o golo foi anulado por fora de jogo.

Ao minuto 15, Valencia consegue a desforra para delírio dos adeptos equatorianos. O extremo do Fenerbahce desmarcou-se na cara do guardião catari Saad, contudo este derruba o atacante e o árbitro Daniele Orsato assinalou grande penalidade e admoestou o guardião com a cartolina amarela. Na marca dos onze metros, Valencia atirou a bola para o lado esquerdo, ludibriando o guardião adversário que escolheu o outro lado.

Ao minuto 19, os equatorianos ameaçaram o segundo mas a finalização de Michael Estrada é péssima, quando tinha tudo para fazer bem melhor. No entanto, o lance é anulado por carga sobre o guardião catari ou por mão de Enner Valencia no decurso da jogada.

Ao minuto 30, cruzamento exímio de Preciado para a área e Enner Valencia (quem mais poderia ser?!) de cabeça, bisa na partida. A bola entra colocada no lado esquerdo inferior. Estava feito o 2-0 para o Equador que contava com muitos adeptos nas bancadas do estádio.

O Catar participava num Mundial pela primeira vez, atendendo que é o anfitrião, contudo apresentou hoje um futebol pobre, sobretudo na primeira parte. Muitas dificuldades na troca de bola, e com poucas ideias em campo. O Equador assumiu o jogo sem grande dificuldade e poderia até aspirar a um resultado ainda mais dilatado. Na verdade, era tudo uma questão de objectividade, maturidade e capacidade técnica com os sul-americanos tranquilos na partida. O Catar muito raramente incomodou a baliza de Hernán Galindez.

O fim da primeira parte aproximou-se sem grandes incidências, mas com muita festa nas bancadas por parte dos adeptos cataris e equatorianos. No último minuto da compensação, o Catar teve finalmente a primeira oportunidade mas o atacante catari não desvia com êxito o cruzamento que lhe era endereçado. Segundos depois, o árbitro apitou para o intervalo.

No início da segunda parte, o Equador manteve a hegemonia territorial, embora tenha diminuído a sua produtividade. Ao minuto 55, Romario Ibarra rematou com perigo, mas o guardião catari responde com uma boa defesa e evita o terceiro dos equatorianos.

Aos 61 minutos, chuveirinho para a área do Equador, e Pedro Correia (jogador português naturalizado pelo Catar que já passou pelo Farense e pela formação do Benfica) cabeceia, com algum perigo, e a bola sai um pouco ao lado. Aos 75 minutos, Afif remata de longe, mas sem perigo para a baliza equatoriana. Na segunda parte, o Equador controlou de certa forma a partida, mas diminuiu a intensidade e a pressão, permitindo que o adversário tivesse, numa situação ou outra, alguma iniciativa.

Ao minuto 78, Sarmiento rematou pouco por cima da baliza de Saad, contudo o lance já estava anulado por fora de jogo. Aos 85 minutos, e após uma bola profunda da defesa, Mohammed Muntari desmarca-se e remata com muito perigo com a bola a bater nas redes laterais da baliza equatoriana – este foi talvez o lance mais perigoso do Catar em toda a partida com alguma desatenção por parte da formação do Equador.

A partida terminava pouco tempo depois com o Equador a contabilizar os primeiros três pontos do Grupo A.


Créditos da Imagem – Bleacher Report Football (Facebook)