Centro de Recolha Oficial é um projecto em análise para salvaguarda dos animais
17 de Dezembro, 2020No passado mês de Novembro, o programa “Expresso da Barrinha” dinamizado por José Carlos Macedo às terças-feiras (pelas 21 horas) contou com uma edição reservada às questões relacionadas com os direitos e a protecção dos animais.
No programa estiveram a Provedora do Animal da Câmara Municipal de Ovar – Márcia Cristina Oliveira, Irene Malheiro da APADO (Associação de Protecção de Animais Domésticos de Ovar) e Joana Sá da Maranimais.
Na qualidade de nova Provedora do Animal da Câmara Municipal de Ovar, Márcia Cristina Oliveira reconhece que a missão será árdua porque identificou várias lacunas no que concerne à defesa dos animais. Márcia deseja inteirar-se do que foi feito e do que não foi feito, defende um maior apoio aos serviços veterinários, uma esterilização ampla dos animais errantes, a promoção de um maior número de adopções, incentivar as denúncias de maus-tratos a animais, e pugna ainda por uma estreita articulação com as associações do concelho ligadas às causas animal e ambiental.
A representante da APADO, Irene Malheiro, lamenta que os donos não venham buscar animais “chipados” que foram recolhidos na rua pela associação. Fundada em 1989, a APADO tem quase 300 animais recolhidos nas suas instalações que têm de ser alimentados. A Associação vive de angariações e doações de alimentos/bens necessários, de fábricas que oferecem rações e das quotas de sócios.
Por seu turno, Joana Sá, presidente da Maranimais (entidade sediada entre Esmoriz e Cortegaça), admite que a associação está ainda a procurar o melhor lugar para abrigar os seus animais (68 ao todo, neste momento; a lotação já atingiu os limites máximos) ou, em alternativa, melhorar a estrutura existente actual. A entidade lançou uma iniciativa de “crowdfunding” para obter donativos sociais. A Maranimais tem contado com cerca de 15 voluntários de forma a tratar dos animais que estão sob a sua supervisão.
As entidades têm feito o seu melhor para ir em socorro dos animais, mas admitem que já não têm espaço suficiente para albergar mais, e admitem que o telefone tem tocado diariamente pelo que a incapacidade de resposta tem sido evidente. Foi defendida a instalação de um Centro de Recolha Oficial que possa dar seguimento a várias resoluções de apoio aos animais.