Herdeira do legado da “Malta Cigana”, a Comissão de Melhoramentos de Esmoriz é uma entidade privada de utilidade pública (de forma oficial, a partir de 1986) sem fins lucrativos. Os seus primeiros estatutos foram aprovados pelo Governador Civil de Aveiro em 21 de Agosto de 1953.
Ao todo, seriam 19 os seus sócios fundadores, a saber: Alexandre de Castro Soares (1891-1984), Alexandre de Sá (1923-2016), Alfredo de Sá (1902-1979), António Gomes da Silva Barra (1895-1970), Clemente de Sá (1929-2002), Joaquim Marques da Silva Rola (1908-1976), Joaquim de Oliveira e Silva (1904-1972), José de Sá Ferreira (1912-1992), José de Sá Ramalho (1921-1989), Lino Francisco de Sousa (1910-1981), Lourival Fernandes (1888-1966), Luís de Sousa (1912-1987), Padre Manuel Dias da Costa (1900-1984), Manuel Fernandes (1927-1962), Manuel Pinto Loureiro Pais (1920-2002), Manuel Rey (1881-1963), Mário Fernandes de Sá (1922-2015), Salviano Francisco de Sousa (1922-2016) e Valentim de Sousa Marques (1908-1999).
Aquando da sua fundação, a Comissão de Melhoramentos de Esmoriz tinha como principais objectivos: prestar colaboração com a autarquia, autoridades locais e organismos oficiais e particulares, promover actividades culturais, sociais e recreativas, além de efectuar propaganda turística e zelar pela defesa incondicional da sua terra.
A Comissão de Melhoramentos de Esmoriz acabaria por receber, em 1984, a medalha de bronze de mérito municipal atribuída pela autarquia de Ovar.
A instituição é detentora do Jornal A Voz de Esmoriz, fundado por Alexandre Castro Soares a 15 de Agosto de 1956, e da Rádio Voz de Esmoriz, cuja emissão se estreou em 29 de Março de 1987, muito devido ao dinamismo evidenciado por Orlando Santos.
Não se pense, contudo, que a Comissão de Melhoramentos de Esmoriz se cinge apenas à gestão do jornal e da rádio locais, tendo assumido, desde então, outras missões ou funções relevantes, nomeadamente: a realização de exposições temáticas, o apoio à publicação ou reedição de livros, organização de tertúlias culturais e de sessões de fado, promoção de causas solidárias (foram os casos bem conhecidos da “Aldeia das Crianças” e do “Pirilampo Mágico”), animação musical nas praias, a promoção de desfiles de harleys e carros antigos, a colocação de placas com descrições toponímicas pertinentes (por iniciativa própria), a gestão da Capela das Alminhas do Pinto, etc.