Contra-ofensiva ucraniana com poucos avanços nas últimas semanas

A contra-ofensiva ucraniana, que dura há quatro meses, tem feito alguns progressos tanto no leste, perto da cidade destruída de Bakhmut, tomada pelas tropas russas em Maio, como no sul, onde Kiev espera chegar ao Mar de Azov. Mas, como assinala o jornal “Público”, os ganhos têm sido lentos e graduais. E na verdade, os ucranianos apenas terão apenas ultrapassado a primeira linha defensiva do invasor a sul de Zaporizhzhia, apesar de já terem encetado iniciativas isoladas na Península da Crimeia, embora sem efeitos territoriais práticos.

No entanto, os russos reorganizaram-se e lançaram, nos últimos dias, uma nova acção ofensiva sobre Avdiivka, no Donbass (leste da Ucrânia), insistindo com bombardeamentos e aproximações consecutivas à cidade que já se encontra bastante degradada. As forças ucranianas têm repelido os ataques, contudo admitem que o inimigo está a encetar todos os esforços para cercar e tomar a cidade.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky já sabe, através da sua deslocação a Bruxelas, que poderá continuar a contar com o apoio da NATO, embora o suporte directo dos EUA esteja ainda dependente da cedência dos republicanos no Congresso, apesar dos múltiplos apelos do presidente norte-americano Joe Biden (eleito pelo Partido Democrata) para que o apoio seja imediatamente canalizado.

Por seu turno, o presidente russo Vladimir Putin tem vindo a argumentar que a contra-ofensiva ucraniana tem vindo a ser um fracasso e que as suas tropas até têm reforçado as suas posições na linha da frente.

Créditos da Imagem: EFE-EPA FILE/ALEX BABENKO