Emídio Sousa acusa Governo de ter rasgado contrato social do Estado com os portugueses (comunicado)

30 de Novembro, 2023 0 Por A Voz de Esmoriz

O presidente da Distrital do PSD acusou o PS e o primeiro ministro de terem “rasgado” aquilo a que chamou “contrato social” entre o estado e os portugueses, ao não cumprirem as obrigações que lhes são confiadas por via dos impostos. Intervindo no congresso extraordinário do partido, Emídio Sousa alertou para o perigo de o futuro líder do PS vir a retomar a geringonça, desta vez “por convicção”.

“Estamos com o contrato social mais caro de sempre, de quase 40 por cento do PIB. O que significa que dos mil euros de salário médio dos portugueses, 400 são entregues as estas pessoas para governarem bem” – atirou Emídio Sousa, lamentando que o resultado seja o que “já toda a gente percebeu: a saúde está um caos, porque estatizaram a saúde, a educação está um caos, porque estatizaram a educação”.

A definição de contrato social vinha da memória a que apelou para recordar que em 1987, aquando da primeira maioria de Cavaco Silva, tínhamos “um Portugal que acreditava que seria capaz, um Portugal que acreditava no futuro”, até que veio 1995, com António Guterres, há 28 anos. “Guterres saiu em 2001, com o país no pântano. Saiu do pântano, mas deixou lá as sementes, que germinaram, até à bancarrota, e sob liderança da troika”.

“Em 2015, foi rasgado o contrato social que temos com o estado” – vincou Emídio Sousa na sua intervenção, explicando que “a existência de um estado é um contrato social, através do qual pagamos impostos para que alguém nos governe e nos forneça serviços de educação, de saúde, de infraestruturas, de habitação, de segurança…”.

O presidente da distrital do PSD não tem dúvidas: “António Costa rasgou este contrato. Destruiu o estado social. E agora há uma nova narrativa para este empobrecimento do PS – a culpa é do Ministério Público e do parágrafo, a culpa é do Presidente da República, que aceitou a demissão de António Costa. Não é. São 13 ministros e secretários de estado que foram à vida”…

A tónica da intervenção foi, também, no perigo do hipotético surgimento de nova geringonça, já que, para Emídio Sousa, “se António Costa saltou o muro vermelho porque lhe era conveniente, agora temos um futuro líder do PS que salta o muro por convicção”, classificando essa possibilidade como “um terror” e antevendo que “se isto acontecer, só nos resta um caminho, emigrar, porque isto existe na Venezuela, em Cuba e em quase toda a América Latina”.

Referindo-se ao discurso de Luís Montenegro, que classificou como “claro”, Emídio Sousa notou que “a guarda pretoriana saltou logo contra” o líder do partido, exortando os militantes a fazerem passar a mensagem: “se não passa na televisão, não passa no jornal, temos de passar nós”.

“A palavra unir é uma palavra linda, mas acrescentava-lhe uma outra, que é a matriz do nosso PSD – a ambição. A ambição dos portugueses de quererem melhorar a sua qualidade de vida, de quererem viver em Portugal, de quererem educar os filhos, de quererem chegar ao fim do mês e sobrar-lhes algum dinheiro para fazerem aquilo que querem” – concluiu o dirigente.