Esmoriz celebra 28 anos de existência como cidade
2 de Julho, 2021Corria o dia 2 de Julho de 1993, quando Esmoriz, uma terra com história milenar (a primeira referência documental remonta ao século IX d. C.), ascendeu à categoria de cidade. Desde então, passaram-se 28 anos. Houve progresso, implementaram-se novos serviços e a urbe ganhou alguma pujança, prevendo-se hoje que a sua população tenha aumentado nos últimos dez anos (embora estejamos ainda à espera dos números oficiais do INE relativos a 2021, mas há quem acredite que a cidade poderá passar de 11 mil para perto de 15 mil habitantes).
A cidade de Esmoriz pauta-se pelas suas tradições diversas: a tanoaria, os palheiros, a arte xávega, a cordoaria, a sacaria, etc.
Os seus recantos turísticos como a Barrinha de Esmoriz, o Parque Ambiental do Buçaquinho e as suas praias (Barrinha, Cantinho e Pescadores) atraem multidões. E claro, os seus monumentos atestam a rica história que a cidade tem para oferecer aos seus visitantes.
Apesar das adversidades provocadas pela conjuntura pandémica, as suas colectividades têm empreendido sucessivos sacrifícios para continuarem a servir a comunidade. O mesmo se pode dizer de todos aqueles que têm negócios ou até mesmo os trabalhadores que sempre deram o melhor de si para ultrapassar esta conjuntura. Na verdade, a cidade de Esmoriz depende de todos, sempre dependeu, e o caminho tem de ser este – o de estarmos sempre “unidos” no interesse superior colectivo, resistindo a mil e um obstáculos que possam surgir! A capacidade de superação das nossas gentes não é de hoje, já nos séculos X-XII, os pescadores destas terras enfrentavam os mares temidos e as incursões temíveis de vikings. No século XIII, os povos de Esmoriz e Paramos enfrentaram, através das inquirições régias de D. Dinis, dois nobres da zona que queriam coutar a Barrinha de Esmoriz, e voltaram a ser bem sucedidos! A nossa fibra é o que nos identifica no passado e no presente, e é intrínseca aos pergaminhos que ainda serão lavrados no futuro.
Claro que há ainda muita coisa que pode ser melhorada na nossa terra, mas também houve já bons projectos aplicados na mesma. O caminho é efectivamente longo, mas hoje, não é apenas um dia de orgulho na identidade esmorizense (porque isso sentimos todos os dias!), mas sim a memória de um feito que demorou décadas, senão séculos, a conquistar.
Se no início do século XX, Esmoriz era uma aldeia, a verdade é que terminaria esse mesmo centénio com o estatuto de cidade. E há muitos heróis que contribuíram para este crescimento notável, mas se calhar, a virtude do seu povo no labor/trabalho (“virtus in labore”) permitiu à terra alcançar rumos que ninguém acreditava em séculos anteriores, mesmo que algum viajante do futuro viesse anunciar-lhes tais feitos vindouros.
Viva Esmoriz, viva os esmorizenses, viva aqueles que escolhem a nossa terra para viver ou fazer férias!
Nota: Hoje celebram-se igualmente 31 anos de geminação com a ville de Draveil (França), uma parceria que tem permitido trocar e partilhar impressões que têm favorecido o crescimento de ambas as localidades.