Esmoriz é uma cidade situada na área norte do concelho de Ovar (distrito de Aveiro), contando com 11 448 habitantes (dados do INE para 2011). A sua história é milenar, dado que a sua primeira referência documental surge-nos em 897 d. C.
Esmoriz congrega em si a beleza natural das suas praias que atraem multidões durante a época balnear, a harmonia do Parque Ambiental do Buçaquinho (repartido a meias com a vila vizinha de Cortegaça) e ainda a biodiversidade que pode ser testemunhada na Barrinha de Esmoriz.
Além de tudo isso, Esmoriz é testemunha do suor do tanoeiro que opera arduamente no fabrico de pipas, tonéis, barris e demais equipamentos que se tornarão fieis depositários do vinho que delicia os paladares de qualquer ser humano. É também uma terra que reconhece o labor árduo e, muitas vezes, arriscado da sua comunidade piscatória que, desde a Idade Média, desempenhava o seu ofício em alto mar e na Barrinha de Esmoriz (lagoa). Por outro lado, Arte Xávega seria mesmo, desde o século XVII, uma das tipologias de pesca mais utilizadas à beira-mar.
E ainda que falamos de trabalho, porque não fazer menção aos cordoeiros e aos profissionais de sacaria que também aqui deixaram marca?!!!
E o que dizer dos nossos palheiros? Hoje serão poucos mais do que meia-dúzia, mas este tipo de construção em madeira, assente em estacaria, chegou a ser, entre os séculos XIX e a primeira metade do século XX, um dos principais cartões-de-visita da nossa localidade. Nesses palheiros assentes sobre o areal ou junto à orla marítima, se instalariam várias famílias de pescadores e se guardariam muitos dos equipamentos das companhas.
Mas Esmoriz é uma cidade que possui mais características que a definem, além da sua paisagem marítima, lagunar e florestal e dos ofícios que aqui se expressaram com maior incidência.
Esmoriz é ainda terra de templos e romarias. Destacamos aqui a Igreja Matriz de Esmoriz (consagrada a Nossa Senhora da Assunção e localizada no centro da cidade), a Capela/Igreja de Nosso Senhor das Febres (em Gondesende), a Capela de Nosso Senhor dos Aflitos e de Nossa Senhora da Boa Viagem (na Praia de Esmoriz) e a Capela do São João (no Campo Grande). Todos os anos, ocorrem celebrações associadas a cada um destes espaços de culto.
E porque não falar também nos monumentos desta cidade? O Monumento ao Tanoeiro (erguido em 1989 junto à Avenida 29 de Março, no centro da cidade), o Monumento à Arte Xávega (apresentado em 1987 na Avenida Joaquim Oliveira e Silva, na praia de Esmoriz), o Monumento ao Combatente do Ultramar (criado em 1986 numa praça central da urbe, perto da Igreja Matriz de Esmoriz) e o Monumento ao Viajante (erigido em 2000 na rotunda de Gondesende) constituem também outros sítios de relevante interesse histórico que podem ser visitados.
Esmoriz foi, durante vários séculos, uma aldeia que chegou a pertencer, em tempos ou contextos distintos, aos concelhos da Feira, Espinho (embora aqui por muitos poucos anos) e Ovar.
A 29 de Março de 1955, Esmoriz alcançou o estatuto de vila. A 2 de Julho de 1993, tornou-se cidade.
