“Falta a cultura de uma massa associativa no clube” – Adérito Ferreira

13 de Novembro, 2023 0 Por A Voz de Esmoriz

Em entrevista realizada hoje à rádio Voz de Esmoriz, Adérito Carlos Ferreira, Presidente da Direcção do SC Esmoriz, sempre afirmou que acreditou no seu plantel, apesar da juventude intrínseca ao mesmo (com a média de idades a rondar entre os 22 e os 23 anos), embora admita que a maior parte dos outros clubes são dotados de maiores orçamentos e de plantéis mais experientes. Adérito refere que tem acompanhado os treinos da equipa e constata que os jovens trabalham arduamente para dar um novo rumo desportivo à temporada.

Alega que a equipa foi prejudicada pela arbitragem nalguns jogos, nomeadamente na primeira jornada em Santa Maria de Lamas, com um terceiro golo a ser mal invalidado, o que na altura teria dado um triunfo importante. Reitera que o objectivo principal é a manutenção no Campeonato SABSEG, confidenciando que vai ser uma meta difícil de concretizar dada a concorrência apertada.

Lamenta que o Sporting Clube de Esmoriz não tem associados participantes – dos actuais 180 sócios pagantes, só 4 ou 5 apareceram na derradeira assembleia geral do clube realizado neste passado Domingo que serviu para esclarecer o estado do clube.

Por outro lado, recorda que, noutros tempos, o Estádio da Barrinha lotava, mas que agora a afluência dos adeptos tem deixado muito a desejar. Refere que há falta de incentivo e de apoio. Diz que não se pode só “deitar abaixo” a equipa e o treinador. A propósito disso, menciona que há pessoas que, através das redes sociais, criticam o clube, mas que depois não aparecem nas assembleias para participar activamente na construção de um projecto melhor.

Em relação a Pedro Alves, treinador do SC Esmoriz, mantém a confiança inabalável na equipa técnica, referindo que o timoneiro sente o clube em todos os jogos e tem dado o corpo ao manifesto. Confessa que teve de dar o seu apoio à equipa técnica, não só nos bons momentos, mas também nos maus momentos. No entanto, admite que poderão vir a ser necessários alguns ajustes no plantel, previamente identificados.

Sublinha que sem a colaboração activa de dirigentes e forças vivas, será muito mais difícil traçar um futuro para o clube, e por isso, admite que o futuro do clube é uma incógnita, salientando que é necessário cativar empresários de futebol e patrocinadores que queiram investir nas equipas seniores. Refere que o argumento utilizados por alguns cidadãos de que os escalões de formação e a bilheteira sustentam o clube não passa de um “mito urbano” que não corresponde a qualquer realidade.

Lamenta que algumas direcções anteriores tenham deixado o clube num caos, e exemplifica que se o SC Esmoriz não tiver um processo de certificação, arrisca-se a não competir na próxima temporada. Recorda que há dívidas avultadas à Segurança Social e Finanças. Contudo, volta a realçar que, na hora da verdade, só aparecem meia dúzia de pessoas para tentar resolver os inúmeros problemas que o clube enfrenta.