Festival Tan Tan Tann encerrou com classe

6 de Junho, 2021 0 Por A Voz de Esmoriz

O 5º Festival Internacional de Artes Performativas de Esmoriz chegou ao fim neste sábado à noite, após duas noites recheadas de cultura. O balanço que pode ser feito é claramente positivo e o Imaginar do Gigante soube manter a tradição de qualidade que já caracteriza o seu certame.

No derradeiro dia do Festival, a Tanoaria Josafer seria primeiramente abrilhantada pela participação musical do dueto Daniel Oliveira e João Palavra. O projeto Fagulha Tropic trouxe algum êxtase aos espectadores que assim puderam escutar uma forma original de interpretar a música.

Quase em simultâneo, decorreria também a célebre tradição da “Macaca Rambóia”, uma actividade mais concentrada no exterior e que outrora faria congregar antigos industriais e tanoeiros, pelo menos, uma vez por mês no final do trabalho, e que seria replicada com o público, não tendo faltado o salutar convívio social e os saborosos bifes do vazio.

Pouco tempo depois, Andrea Díaz Reboredo (Espanha) apresentou o projecto “M.A.R”, uma espécie de teatro de objectos em que foi abordada a evolução da vida e da comunidade através da perspectiva da arquitectura. O crescimento de uma casa, de uma família e de todo o meio envolvente e a sua simbologia social/económica, ao longo de mais de um século, mereceram uma narrativa especial para cada etapa. A actriz interagiu com o público, permitindo que este pudesse interferir com a peça e criando assim o próprio caminho para a sua própria construção/desconstrução.

O Festival encerraria posteriormente com um concerto de Caliza (pseudónimo de Elisa Pérez que é natural de Madrid, Espanha) que trouxe até Esmoriz o melhor da música electrónica espanhola. A artista compôs e gravou o seu segundo álbum, intitulado “Mar de cristal”, no qual incorporou novos instrumentos e metodologias nas suas canções, criadas principalmente com base em software. Divulgou inclusivamente músicas novas que fazem parte do seu repertório musical e também encantou o público com a sua presença.

É de saudar a afluência geral do público que aceitou o repto de estar presente, mesmo durante um contexto que ainda se revela algo adverso. Refira-se igualmente que as regras da lotação parcial e distanciamento social, decretadas pela Direcção Geral de Saúde, foram cumpridas ao longo do Festival. Também a recepção generosa prestada pela Tanoaria JOSAFER aos visitantes merece o nosso apontamento positivo visto que a produção histórica de barris e pipas em Esmoriz seria assim valorizada.


João Palavra e Daniel Oliveira estiveram presentes com o seu projecto “Fagulha Tropic”.


Andrea Diaz Reboredo apresentou uma peça de representação de objectos.


Caliza encerrou a noite com um concerto de música electrónica