História dos Parques Zoológicos
10 de Julho, 2021Durante séculos os animais foram mantidos à mercê da realeza ou de indivíduos poderosos da sociedade. No entanto, esse paradigma começou a mudar substancialmente no século XVIII e o nível de interesse público em ter parques zoológicos aumentou no século XIX.
Já desde de 2500 AC, o antigo Egito e a Mesopotâmia tinham o conceito de zoológicos desenvolvido nas suas sociedades. No Egito, inclusive em Saqqara, foi encontrado um parque zoológico, onde possivelmente eram mantidos animais exóticos como antílopes, babuínos, hienas, chitas, guindastes, cegonhas e falcões. Na Mesopotâmia, domar animais selvagens era visto como uma demonstração do poder dos reis e da linhagem real. Um rei lutar contra um leão ou um tigre, era uma representação simbólica e indicava do alto poder da realeza. No Egito, registou-se que girafas e leões de estimação foram mantidos por Ramsés II.
O parque zoológico mais antigo é o Tiergarten Schönbrunn em Viena, que começou como um parque de leões reais. No entanto, foi transformado em parque zoológico pelo imperador Francisco I em 1752. Nessa altura era visitando apenas pela família e convidados e, anos mais tarde, torna-se um espaço de visita pública. Este zoo ganhou muita popularidade, o que serviu de mote para outros locais na Europa ganharam interesse em ter os seus próprios parques zoológicos. Madrid e Paris seguiram os mesmos passos no final do século XVIII e, em paralelo, em 1806 nascia na Rússia um parque com o intuito de estudar animais cientificamente. No início do século XIX, o conceito de exibição pública – para satisfazer o interesse público, e o estudo científico – surgiram como conceitos centrais nos zoológicos.
Apesar dos Zoos se terem iniciado como locais de observação de animais aliado ao fator animação, tal como se de um “museu de animais” se tratassem, desde a Segunda Guerra Mundial, vários parques zoológicos foram desenvolvidos como centros de reprodução de espécies animais em perigo de extinção na natureza, devido ao declínio de espécimes existentes. Muitas espécies ameaçadas foram salvas pela reprodução em cativeiro.
Atualmente, por definição e segundo o DL 59/2003, um Parque zoológico é qualquer estabelecimento, de carácter permanente, geograficamente circunscrito, onde sejam habitualmente alojados animais para exibição ao público durante sete ou mais dias por ano.
A forma de desenvolvimento e crescimento de um Zoo alterou-se drasticamente nos finais do séc XX, sendo o foco primordial a Conservação das Espécies, através de Programas de Reprodução, da Educação e Sensibilização dos visitantes, do Bem-Estar animal, da Investigação do mundo animal, e na participação em projectos de conservação in-situ.
Os Parques Zoológicos permitem, às populações que os visitam, dar a conhecer inúmeras espécies, que por razões de distância geográfica existem apenas no imaginário ou muitas vezes são até desconhecidas pela raridade de que são alvo.
O visitante tem, não só a oportunidade de ver animais vivos, mas também de observar como se movem, alimentam e interagem com membros da mesma espécie, através uma envolvente experiência sensorial.
Como complemento a esta proximidade, os Zoos têm também a responsabilidade de ensinar os visitantes, mais sobre as espécies animais e vegetais e o seu importante valor para o equilíbrio da biodiversidade na Terra, na esperança de aumentar o grau de conhecimento e de envolvência do público na Preservação e Conservação das Espécies.
O Zoo Santo Inácio nasceu no ano 2000 e tem como Missão a participação ativa na Conservação da Natureza, especialmente das Espécies que se encontram Ameaçadas de Extinção. Assim, todos os animais acolhidos pelo Zoo, vivem em ambientes aproximados à sua origem, proporcionando-lhes as melhores condições, para que vivam saudáveis e manifestem comportamentos genuínos. Assente no lema de que “conservamos aquilo que nos é próximo”, o Zoo Santo Inácio acredita que é possível passar a mensagem urgente de conservação de todo o Planeta Terra através de exemplos, como numa visita ao Zoo, onde os animais habitam em espaços amplos. Numa visita ao Zoo Santo Inácio, os animais não estão à frente dos visitantes, mas é pedido aos visitantes para os procurarem, conhecendo, assim, o modo de vida das espécies animais que aí residem, para que se aproximem e apaixonem e serem, também, embaixadores na Conservação do nosso querido ecossistema.
Nota de imprensa enviada pelo Zoo Santo Inácio (através da Associação Portuguesa de Imprensa)