Hora do Planeta é já neste sábado e conta com Banco de Horas
19 de Março, 2024No próximo dia 23 de março, milhões de pessoas voltam a unir-se em prol do ambiente. Porque pequenas ações têm grande impacto, a WWF vai registar todo o tempo dedicado a este tema num Banco de Horas global, que tornará esta hora na maior hora pelo planeta. Este banco fornece ainda uma listagem de atividades que as pessoas podem fazer em nome da sustentabilidade.
Lisboa, 18 de março de 2024
A WWF celebra neste ano a Hora do Planeta disponibilizando no seu site um Banco de Horas, uma página que integra sugestões de atividades sustentáveis para as pessoas fazerem ao longo de todo o dia 23 de março. Este Banco de Horas permite ainda a cada pessoa registar as ações que realizou e indicar o tempo dedicado às mesmas.
“A finalidade não é promover uma alteração radical de hábitos. Pretende-se mostrar às pessoas que a mudança está nas suas mãos e em pequenas coisas. Se cada um alterar um comportamento, essa mudança multiplicada por milhões, gera um movimento global de compromisso efetivo e com efeitos muito positivos e a longo prazo na natureza”, defende a fundadora e presidente-executiva da ANP|WWF, Ângela Morgado.
A primeira edição do Banco de Horas decorreu em 2023, e os participantes dos eventos da WWF tinham possibilidade de fornecer os dados do tempo dispensado, tendo-se contabilizado a nível mundial 410 mil horas. Este ano é a primeira vez que este banco está online e acessível a todas as pessoas, podendo os registos ser efetuados até 24 de março.
E foi precisamente com o intuito de dar a conhecer inúmeras atividades sustentáveis que podem ser incorporadas pelos cidadãos no seu dia a dia que neste ano, em Portugal, a ANP|WWF coorganiza com a Câmara Municipal de Lisboa e a Junta de Freguesia de Alvalade a festa oficial da Hora do Planeta, num formato inédito de celebração: um arraial.
A partir das 16h00, o Mercado de Alvalade vai acolher um programa gratuito, o qual conta com inúmeras atividades para todas as idades, nomeadamente com animação permanente (música e dança), leitura de contos, jogos, ioga, showcooking e oficinas sobre Alimentação, Fitness & Wellness, Natureza, Artes e Criatividade e Sustentabilidade.
Como sustenta Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, “o município de Lisboa está empenhado na transição energética e na concretização de políticas e medidas que nos permitam atingir a neutralidade climática até 2030. Estamos a trabalhar diariamente para nos tornarmos numa das 100 primeiras cidades neutras em carbono da Europa e, para que tal aconteça, é essencial o contributo ativo de entidades públicas e privadas, centros de investigação, organizações não-governamentais, e, naturalmente, dos cidadãos.”
“É com gosto e convicção que nos associamos uma vez mais à Hora do Planeta, ação que mostra como todos podemos cooperar para promover mudanças positivas na sociedade”, acrescenta Carlos Moedas.
Já o presidente da Junta de Freguesia de Alvalade, José Amaral Lopes, sublinha: “O mundo precisa de um futuro mais sustentável. É importante promover a otimização de recursos, enquanto compromisso para com o futuro sustentável da nossa comunidade. A Hora do Planeta é um momento que nos recorda a todos que juntos temos o poder de marcar a diferença.”
Ao longo do dia, a comunidade terá ainda a oportunidade de finalizar um grafiti criado pelos artistas Edis One e Pariz One sobre os impactos da alimentação no ambiente, culminando o evento com o simbólico apagão de um interruptor gigante — entre as 20h30 e as 21h30 (hora local) —, seguido de um concerto semiacústico da cantora Selma Uamusse (programa completo de atividades, aqui).
Mas não é só em Lisboa que se celebra a Hora do Planeta. Cerca de 70 autarquias em todo o país já aderiram a esta iniciativa com a organização de inúmeras atividades pelo ambiente. São exemplo os seguintes municípios: Famalicão, que vai orientar uma oficina de construção de lanternas sustentáveis; Ponte de Lima, que irá realizar uma caminhada e observação de estrelas; Pombal que efetuará um passeio de BTT; Santa Cruz que, além de um mercado eco e bio, vai acolher ainda um concerto de percussão com os funcionários da limpeza urbana; Braga, que contará com formações sobre algas, hortas comunitárias e a importância das abelhas; entre muitos outros.
Também várias empresas e organizações continuam a juntar-se, ano após ano, à Hora do Planeta, sendo que, nesta edição, são já 11 as instituições que aderiram. É o caso do El Corte Inglés, que há 15 anos que se associa desligando as luzes das fachadas dos edifícios em Lisboa e em Gaia, o Canal Odisseia que, durante a hora do apagão, vai reduzir a luminosidade do ecrã e passar informações sobre sustentabilidade, a REN, a Vulcano, a Auchan, o Zoo Santo Inácio, a EGF, a Procter&Gamble, o Continente e o Corpo Nacional de Escutas.
Vídeo da Hora do Planeta 2024: https://www.youtube.com/watch?v=VlLKEV51vTQ
Programa completo do arraial: https://horadoplaneta.pt/arraial-pelo-planeta/
Mais informações: Hora do Planeta
Sobre a Hora do Planeta
A Hora do Planeta é um evento histórico da WWF, o qual surgiu no dia 31 de março de 2007, em Sydney, Austrália, quando 2,2 milhões de pessoas e mais de 2 mil empresas apagaram as luzes durante 60 minutos como alerta sobre a perda da natureza devido às alterações climáticas e sobre a necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa. O sucesso foi tal que rapidamente milhões de pessoas em todo o mundo — particulares, empresas, instituições e governos — aderiram, representando hoje o maior movimento global pela defesa do ambiente, com mais de 190 países e territórios (90% do Planeta) unidos através de um gesto simbólico e/ou de ações que fazem a diferença e que inspiram.
Portugal foi um dos 35 países que se juntaram logo em 2008, tendo já desligado luzes de espaços como: Castelo de S. Jorge, Ponte 25 de Abril, Cristo Rei e MAAT (Lisboa), Convento de São Francisco (Açores), Mosteiro da Serra do Pilar (Gaia), Estação de S. Bento, Ponte da Arrábida e Ponte do Freixo (Porto), Castelo de Beja, Castelo de Sesimbra e Farol da Nazaré, entre outros.
Um pouco por todo o mundo, todos os anos outros edifícios e monumentos emblemáticos também ficam às escuras durante uma hora, nomeadamente: Torre Eiffel em Paris, Coliseu em Roma, Ópera de Sydney na Austrália, Estátua do Cristo Redentor no Rio de Janeiro, Big Ben em Londres e Empire State Building e sede das Nações Unidas, ambos em Nova Iorque.
Sobre a ANP|WWF
WWF (World Wide Fund for Nature): a nível mundial é uma das maiores e mais respeitadas organizações independentes de conservação do planeta, com mais de 5 milhões de apoiantes e uma rede global ativa em mais de 120 países. A missão desta instituição é travar a degradação do ambiente e construir um futuro no qual os seres humanos vivam em harmonia com natureza. Tudo isto através da conservação da diversidade biológica, garantindo que a utilização dos recursos naturais renováveis seja sustentável e promovendo a redução da poluição e do desperdício. Apesar de marcar presença em Portugal há mais de 20 anos colaborando em vários projetos, esta organização só adquire personalidade jurídica em 2018, aquando da criação da ANP|WWF. Atualmente conta com mais de 30 elementos na sua equipa.
ANP (Associação Natureza Portugal): fundada em 2018, esta ONGA portuguesa trabalha em associação com a WWF, com vista a conservar a diversidade biológica e dos recursos nacionais, procurando um planeta em que as pessoas consigam viver em harmonia com a natureza.