Imunidade à COVID-19 pode durar apenas seis meses
22 de Outubro, 2020Um dos grandes dilemas em torno da pandemia do Coronavírus está relacionado com a possibilidade de pessoas recuperadas da infecção poderem voltar a contrair o vírus de forma sucessiva. E efectivamente, todos os dados já recolhidos apontam no sentido de validar essa teoria.
Entretanto, e de acordo com um estudo do instituto “Amsterdam University Medical Centres”, a imunidade derivada da recuperação não é assim tão duradoura. Segundo Lia van der Hoek, uma das investigadoras prestigiadas daquela unidade, “os tempos de re-infecção variaram entre seis meses e quase nove anos”, alicerçando-se já em dados estatísticos conhecidos inerentes à análise de quatro estirpes relacionadas/”aparentadas” com o vírus, nomeadamente o HCoV-NL63, HCoV-229E, HCoV-OC43 e o HCoV-HKU1. Os cientistas examinaram mais de 500 amostras de sangue, pertencentes a pessoas que padeceram destas doenças e agora as conclusões foram apresentadas diante da comunidade científica.
Apesar da análise não ter recaído directamente sobre o vírus do COVID-19, a verdade é que incidiu sobre patologias similares, e os autores do estudo não têm dúvidas: tal como nas estirpes anteriormente elencadas, também os portadores de COVID-19 poderão ser infectados mais do que uma vez com o referido vírus, como se de uma gripe tratasse.
Por outras palavras, vencer a doença não garante uma imunidade perpétua, pelo menos, enquanto não existir um grande avanço científico nesta matéria em concreto.
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