Jornada Mundial da Juventude mobilizou um milhão e meio de crentes

A Jornada Mundial da Juventude chegou ao fim neste Domingo. Foram seis dias repletos de iniciativas no Parque Tejo (cidade de Lisboa) que acolheu cerca de um milhão e meio de crentes, superando as estimativas iniciais no que concerne à adesão popular.

Jovens oriundos dos mais diversos países andaram pelas ruas da capital portuguesa, entoando canções e dedicando orações. Eles trouxeram consigo bandeiras dos seus países, paróquias, movimentos, sem esquecer naturalmente os terços e crucifixos que acompanham a sua devoção religiosa. A “Juventude do Papa” forneceu uma imagem activa e dinâmica da Igreja, acalentando um futuro esperançoso para a Humanidade.

A presença do Papa Francisco foi, naturalmente, o expoente máximo. Nas suas homilias ou discursos, incentivou os jovens a seguirem os seus sonhos (em detrimento dos medos), enalteceu a importância do caminho da paz e do combate à pobreza, voltou a apelar para um comportamento ecológico integral, e apelou à solidariedade entre todos (“o único momento em que é lícito olhar alguém de cima para baixo é para o ajudar a levantar”).

O Sumo Pontífice citou alguns escritores portugueses como Luís Vaz de Camões, Sophia Mello Breyner, César Oliveira, José Saramago, Almada Negreiros ou Fernando Pessoa, demonstrando ser conhecedor da cultura literária portuguesa.

Ao longo dos seus trajectos, muita gente se abeirava dos passeios para ver o Papa que, mesmo com os seus 86 anos, continua a deixar um legado valioso. Muitas bandeiras se agitavam, pertencentes aos mais diversos países.

Em Lisboa, o Papa Francisco abraçou doentes, abençoou bebés e sempre se pautou por um discurso inclusivo.

D. Américo Aguiar, recém-nomeado cardeal, bispo auxiliar de Lisboa e Presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, agradeceu, desde já, aos portugueses toda o empenho e hospitalidade, sem esquecer o compromisso assumido pelos profissionais e voluntários. Faz um balanço magnífico do mega-evento. Refere que a Igreja está aberta a acolher todos, aceitando as suas diferenças. Sublinha ainda que muitos peregrinos estrangeiros investiram dinheiro em viagens e alojamento para que pudessem participar na Jornada Mundial da Juventude.

Carlos Moedas, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, diz que há “uma Lisboa antes da Jornada Mundial da Juventude, e outra depois da Jornada Mundial da Juventude”, agradecendo o empenho de todos os colaboradores para um evento que superou todas as expectativas. O edil acredita que o Parque Tejo será um investimento ganho, não só por causa do evento da Jornada Mundial da Juventude, mas também porque há possibilidade de se realizarem ali futuramente vários espectáculos ou eventos.

A próxima Jornada Mundial da Juventude decorrerá em Seul, na Coreia do Sul.

Créditos da Imagem: https://www.cnbb.org.br/missa-inicio-jmj-lisboa-papa-francisco-inicio-agenda-portugal/ (Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023)