Manifestantes invadiram órgãos de decisão da democracia brasileira

Num episódio similar àquele que se tinha verificado aquando da derrota de Donald Trump na corrida às presidenciais dos EUA diante de Joe Biden (com manifestantes a irromperem insatisfeitos pelo Capitólio), também no Brasil, os apoiantes de Bolsonaro decidiram imitar a prática desagradável de invadir e vandalizar espaços simbólicos do poder brasileiro, situados na capital Brasília.

Milhares de manifestantes invadiram assim o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, afrontando assim a eleição de Lula da Silva, presidente que tomou posse há poucos dias e que já veio denunciar a postura criminosa dos manifestantes, prometendo uma investigação exaustiva e criticando ainda a inacção das autoridades.

Os apoiantes radicais de Jair Bolsonaro partiram vidros, destruíram gabinetes, rasgaram quadros valiosos e até armas terão desaparecido. Na verdade, o vandalismo alcançou proporções assustadoras, e as autoridades não conseguiram aplacar os manifestantes. Neste momento, a normalidade já foi resposta com uma intervenção mais musculada da polícia e do exército, embora os estragos materiais tenham sido avultados.

Mais de 400 manifestantes já foram detidos. O Ministro da Justiça, Flávio Dino, já prometeu que não haverá impunidade para os participantes deste episódio: “Não são atos políticos, são atos terroristas. Estiverem onde estiverem, as pessoas envolvidas nestes incidentes serão presas”.

A comunidade internacional já condenou este ataque às instituições democráticas do Brasil.

Créditos: Getty Images