PSD preocupado com indefinição sobre futuro das empresas desalojadas pelo incêndio no CACE (comunicado)

4 de Outubro, 2023 0 Por A Voz de Esmoriz

Distrital e deputados do partido visitam Castelo de Paiva

A Comissão Política Distrital do PSD visitou esta segunda-feira o concelho de Castelo de Paiva, no que foi acompanhada pelos deputados do partido eleitos pelo círculo de Aveiro e pela concelhia paivense. O atraso da conclusão da variante à Estrada Nacional 222 (EN222) e o drama laboral que pode resultar da indefinição quanto ao futuro do CACE (Centro de Apoio à Criação de Empresas) estiveram no topo da agenda.

“O problema do país é ter um governo que não governa. Ou o estado vai pagar muito dinheiro pelo arrendamento do espaço que acolhe provisoriamente os empresários, ou estes podem cessar a atividade, o que nem quero imaginar, porque seria um drama incalculável” – referiu Emídio Sousa no encerramento da visita ao que resta das instalações do CACE.

Um incêndio devastador, em julho de 2020, reduziu o edifício do CACE às paredes exteriores, desalojando oito empresas, entretanto realojadas num pavilhão arrendado pelo estado na Zona Industrial das Lavagueiras. Mas o contrato, não renovável, está a 18 meses de expirar, o que deixa os autarcas locais preocupados, dada a indefinição sobre o que acontecerá a seguir.

O presidente da Câmara, José Rocha, não esconde a preocupação, dando conta de inúmeros contactos mantidos com as diversas entidades do estado envolvidas no processo, de quem não tem obtido resposta. A autarquia, preocupada com o impedimento de dar resposta às solicitações de terrenos para investimentos, propôs ao governo constituir uma propriedade horizontal no espaço do pavilhão ardido e vender diretamente o terreno existente nas traseiras, depois de loteado.

O coordenador dos deputados do PSD/Aveiro, Ricardo Sousa, admitiu a possibilidade de o partido apresentar um projeto de resolução na Assembleia da República, que, no fundo, será uma espécie de réplica da resolução do Conselho de Ministros logo após o incêndio de 2020, na qual, entre outras coisas, se anunciava a reconstrução célere do pavilhão, mas que, volvidos três anos, ainda não conheceu qualquer desenvolvimento. “O tempo urge e não é possível esperar mais. Estamos muito preocupados com o fim do contrato de arrendamento, que expira em 18 meses” – referiu, a propósito, o parlamentar social democrata.

O atraso na concretização dos nove quilómetros finais da variante à EN222, entre Pedorido e Canedo, é outro motivo de preocupação. A esse respeito, Emídio Sousa recordou tratar-se de promessa com 20 anos, para sublinhar que “o desenvolvimento de um território passa, fundamentalmente, pelo emprego, que, neste caso, sai claramente prejudicado”.

“Cada ano que passa é mais um ano perdido” – lamentou o presidente da Distrital do PSD, garantindo todo o apoio da estrutura e dos deputados no partido, nestes casos como em outras angústias do concelho, à cabeça das quais o encerramento do SAP, também abordadas ao longo desta iniciativa.

Aveiro, 3 de outubro de 2023

Comunicado do PSD Aveiro