Salvador Malheiro – “Na política, não há nada mais prestigiante do que ser presidente de Câmara da terra e das gentes de que gostamos”

No passado dia 22 de Junho, Salvador Malheiro esteve presente na Rádio Voz de Esmoriz, mais concretamente no Programa “Expresso da Barrinha”, conduzido por José Carlos Macedo.

Salvador Malheiro começou por explicar a principal razão da sua recandidatura a um terceiro mandato, frisando que “na política, não há nada mais prestigiante do que ser presidente de Câmara da terra e das gentes de que gostamos”. O edil salienta que o actual projecto levado a cabo pelo executivo municipal merece continuidade, argumentando que se sente com força e vontade para continuar.

Elencou algumas obras realizadas em Esmoriz: a inauguração do Conjunto Habitacional da Boa Esperança (que devolveu esperança e melhores condições de vida à população piscatória), a reabilitação da Barrinha de Esmoriz (com a implementação dos passadiços e dando continuidade futura à missão de despoluição da lagoa visto que só 30% dos sedimentos haviam sido removidos até então no enquadramento das anteriores intervenções), a requalificação de diversos arruamentos (exemplifica com as intervenções nas ruas do Tanoeiro e Guerra Junqueiro ou nas zonas do Campo Grande e Gondesende), a reabilitação da Praça dos Combatentes do Ultramar e do seu mercado, a organização de eventos culturais de nomeada nacional em Esmoriz (apenas interrompidos pela conjuntura pandémica), etc.

O autarca considera que Esmoriz é uma cidade cada vez mais atractiva e que tem um potencial enorme, acreditando que ainda há muito para ser feito para potenciar a localidade. Dentro deste contexto, abordou os próximos projectos delineados para a cidade, prevendo a requalificação do Largo de São Luís, a reabilitação da Frente de Mar (propondo uma nova interface), a modernização da Rua dos Castanheiros, o arranjo na zona envolvente da Igreja de Gondesende, entre outras intervenções.

No que concerne a obras realizadas noutras freguesias, Salvador Malheiro recordou a construção do novo Centro Cívico de Cortegaça, a reabilitação da zona envolvente da Igreja de Cortegaça, a requalificação do Bairro do SAAL, a implementação de uma rede de saneamento em Maceda, a inauguração do Centro Cívico de Arada, a requalificação da Fonte do Estalinau (em curso), a construção do Conjunto Habitacional do Furadouro, a reabilitação do Museu Escolar Oliveira Lopes em Válega, a valorização do Aron Hakodesh (património judaico) em São Vicente Pereira, etc.

O edil salienta que estamos num tempo em que as pessoas têm de se adaptar às novas realidades modernas e futuristas, vincando que novas profissões e ramos tecnológicos surgirão daqui a quinze anos. E no seu entender, Ovar não pode perder tempo nem sequer regressar ao passado, e é fundamental saber encarar o futuro, para que continue a ser um município de referência.

Definiu as temáticas da Habitação e da protecção da costa como os grandes desafios que o concelho irá enfrentar nas próximas décadas. Assim sendo, reconhece que, apesar de alguns passos importantes dados no seu mandato no sector do parque habitacional, ainda existem cidadãos a viver no limiar da pobreza e que o executivo municipal irá fazer o seu melhor para mitigar essa desigualdade de oportunidades. Relativamente à protecção do litoral, teme os efeitos das alterações climáticas que podem agravar a erosão costeira, e reconhece sérias dificuldades na Praia do Furadouro, e reforça a ideia de que não se pode sistematicamente recorrer à deslocalização das pessoas em relação à frente marítima, pelo que é fundamental haver uma estratégia firme que passa por obras de engenharia pesada para, pelo menos, proteger a costa vareira nos próximos tempos. A construção de dois quebra-mares (um no Furadouro, e outro em Cortegaça) e a reposição artificial das areias podem ser fulcrais nesse sentido. Apesar dos estudos de impacto ambiental existirem, lamenta que as promessas ainda não tenham sido colocadas na prática, e recorda que existem fundos comunitários específicos para apoiar estas obras.

Elogiou a resiliência do tecido empresarial, e ao nível do comércio e restauração locais, frisa que houve casos de sucesso de pessoas que souberam reinventar-se e readaptar-se, embora reconheça dificuldades provocadas pela conjuntura pandémica. Recorda que foram ainda concedidos apoios a estes sectores, nomeadamente: a isenção de derrama para todas as empresas, a diminuição da participação do município na retenção do IRS, a isenção da taxa de esplanada, etc.

Admite que o Governo deve continuar a apoiar o comércio e restauração bem como os agentes económicos, realçando que o orçamento da autarquia não chega para tudo. Menciona que, apesar do saldo de gerência positivo de 10 milhões, foi criado um Fundo de Emergência Social para acudir aos casos mais urgentes.

Créditos da Imagem de Destaque: André Gouveia/Global Imagens in Diário de Notícias