Vaga de incêndios de Setembro foi debelada
21 de Setembro, 2024Cerca de 135 mil hectares arderam entre domingo e sexta-feira em território nacional. De acordo com o Diário de Notícias, as zonas mais afetadas pelos fogos foram as regiões de Viseu Dão Lafões, com uma área consumida pelas chamas superior a 52.000 hectares, Tâmega e Sousa (mais de 25.000 hectares), Região de Aveiro (mais de 24.000 hectares; aqui os incêndios em Oliveira de Azeméis, Albergaria-a-Velha, Sever do Vouga, Águeda e Arouca foram devastadores), seguido da Área Metropolitana do Porto, Alto Tâmega e Ave, com uma área ardida superior a nove mil hectares cada.
Registaram-se 7 mortes (embora 2 súbitas e de forma indirecta) e 177 feridos, sendo 17 graves, o que reflecte um cenário que foi adverso ou crítico com várias frentes activas em simultâneo.
Pela primeira vez desde domingo que a página da internet da ANEPC (Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil) não tem hoje “vermelhos” de incêndios ativos. A vitória do “bem” muito se deveu a todos os operacionais incansáveis que estiveram no terreno e ao tempo (meteorologia) que acabou por ajudar a partir de quinta-feira com a diminuição das temperaturas.
Efectivamente, é de enaltecer o papel incansável dos bombeiros portugueses, das forças de segurança (GNR e PSP), da Força Aérea Portuguesa e de outros meios de protecção civil que foram determinantes no combate às chamas e nas evacuações das populações de várias aldeias ou vilas.
Os Bombeiros Voluntários de Esmoriz e de Ovar combateram vários dos fogos do distrito de Aveiro ao lado de outras corporações, salvando assim vidas e tentando mitigar os danos materiais e florestais que estavam a ser causados.
Por outro lado, é de enaltecer o auxílio que veio de outros países da União Europeia, nomeadamente da Espanha que mobilizou meios de apoio.
Também a população colaborou na medida do possível de diversas formas: regando os jardins, os terrenos e os muros para afrontar as chamas perto da linha da frente, acatando as instruções de evacuação das autoridades e entregando bens de abastecimento nos quartéis (águas, bolachas, medicamentos, pensos e compressas, etc.), etc.
O Governo decretou luto nacional nesta passada sexta-feira em solidariedade para com as vítimas dos incêndios. Por outro lado, a Liga de Futebol em Portugal decidiu consagrar um minuto de silêncio em memória das vítimas e em homenagem aos bombeiros, prometendo ainda plantar 200 árvores por cada golo que se registe na sexta jornada.
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